Conheça Araçatuba
Bem-vindo a Araçatuba, uma cidade encantadora situada no interior de São Paulo, banhada pelas águas do majestoso Rio Tietê. Reconhecida por sua mescla entre a vida urbana e a natureza exuberante, esta cidade tem muito a oferecer aos visitantes.
Araçatuba se destaca como um destino de pesca devido à abundância de espécies encontradas em suas águas, o Rio Tietê oferece um vasto leque de opções para aqueles que buscam momentos relaxantes ou emocionantes à beira do rio.
Além das paisagens serenas proporcionadas pelo Rio Tietê, Araçatuba é reconhecida por seu patrimônio gastronômico. Entre os pratos mais renomados está o 'Cupim Casqueirado', uma iguaria culinária que reflete a tradição e o sabor autêntico da região, cativando paladares com sua textura suculenta e aroma irresistível.
Ademais, Araçatuba orgulha-se de seu título como a 'Capital do Boi Gordo'. Este título reconhece a importância histórica da cidade na pecuária e no agronegócio, refletindo a relevância da região na criação de gado de corte no país.
Com uma mistura harmoniosa entre natureza, culinária e tradições locais, Araçatuba convida os visitantes a explorarem suas belezas naturais, desfrutarem de sua culinária marcante e apreciarem a história que faz desta cidade um destino turístico singular e acolhedor.
Como Chegar
Dimensões (m): 2.120 x 35 Tipo de Piso: asfalto Distância da cabeceira mais próxima (m): 754
Pátio
Dimensões (m): 220 x 85 Capacidade de Aviões: 2 B-737 Dist. da Borda ao Eixo da Pista (m): 207 Tipo de Piso: asfalto
Auxílios operacionais
Biruta, EPTA / estação meteorológica, sinais de eixo de pista, sinais de cabeceira de pista, sinais indicadores de pista, sinais de guia de táxi, farol rotativo, luzes de táxi, luzes de pista, luzes de obstáculos, sala AIS, luzes de cabeceira e iluminação de pátio.
NDB: 265
Frequência do Rádio: 130,60 (MHz)
Frequência do Aeródromo: 130,60 (MHz)
Circuito de Tráfego Aéreo: Padrão
O Aeroporto De Araçatuba atualmente conta com vôos regulares de três companhias aéreas: Azul, VOEPASS e Gol.
2ª a sábado: 7:00 às 20:00 / domingos 8:00 às 11:00 / 14:30 às 20:00
(18) 3625-6145
ESTACIONAMENTO GRATUITO Principais Viações que operam na Rodoviária de Araçatuba
História
Em princípios deste século, o Governo Federal lançou, partindo de Bauru, rumo de Mato Grosso, os trilhos da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil. A região surpreendeu, pela fertilidade do solo, atraindo milhares de pessoas, em busca de riqueza. A origem de Araçatuba remonta a essa época. A 2 de dezembro de 1908, foi inaugurando uma estação ferroviária, ainda em plena floresta.
Numa clareira, erigiram-se as primeiras moradas, em ranchos simples, cobertos de sapé. À direita do leito da via Férrea, se instalou Miguel Caputi, e à esquerda Vicente Franco ou Machado Melo. Essa data é considerada como da fundação do patrimônio e comemorada, anualmente, com grandes festejos. Em 1911, de Jardinópolis, chegou uma caravana, cujos integrantes adquiriram terras a Elisio de Castro Fonseca.
No entanto, o desbravamento era dificultado pelos silvícolas, que dominavam essa área, defendendo-a em arremetidas cruentas. Nem sempre os desbravadores levavam a melhor, e, em 1916, um grupo, chefiado pelo engenheiro Cristiano Olsen, foi massacrado, quando procedia ao levantamento das terras do rio Feio. Com o crescimento do povoado, e graças aos esforços do engenheiro José Cândido, o ânimo belicoso dos indígenas foi apaziguado, retirando-se eles para a serra do Diabo, no pontal da confluência dos rios Paraná e Paranapanema.
Como grandes proprietários figuravam, já então, Joaquim Machado de Melo, Augusto de Morais, Manoel Bento da Cruz e Elísio de Castro Fonseca. Como fundadores da cidade apontam-se, entre outros, João Máximo de Carvalho, Manoel da Silva Prates, Paulo Bim, Paulo Biagi, Pedro Storti, Manoel Inácio, Antônio Pacheco, João Vasconcelos e Aprígio Cardoso.
Hoje Araçatuba figura entre as comunas paulistas de maior desenvolvimento, graças à sua posição privilegiada, solo fértil, magnífico traçado e labor de sua gente.
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Araçatuba, pela lei estadual nº 1580, de 20-12-1917, subordinado ao município de Penápolis (ex-Pennápolis). Nos quadros de apuração do recenseamento geral de 1-IX-1920, o distrito de Araçatuba, figura no município de Penápolis.
Elevado à categoria de município com a denominação de Araçatuba, pela lei estadual nº 1812, de 08-12-1921, desmembrado do município de Penápolis. Sede no antigo distrito de Araçatuba. Constituído do distrito sede. Instalado em 19-02-1922. Pela lei estadual nº 5888, de 25-04-1933, é criado o distrito de Diabase e anexado ao município de Araçatuba.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído de 2 distritos: Araçatuba e Diabase. Pelo decreto nº 6546, de 10-06-1934, foram criados os distritos de Guararapes e Valparaíso e anexados ao município de Araçatuba.
Em divisão territorial datada de 31-XII-1936, o município é constituído de 4 distritos: Araçatuba, Diabase, Guararapes e Valparaíso. Pela lei estadual nº 2833, de 05-01-1937, desmembra do município de Araçatuba o distrito de Guararapes. Elevado à categoria de município. Pela lei estadual nº 2859, de 08-01-1937, desmembra do município de Araçatuba o distrito de Valparaíso. Elevado à categoria de município.
Pela lei n° 3024, de 04-08-1937, é criado o distrito de Rinópolis e anexado ao município Araçatuba. Em divisão territorial de 31- XII-1937, o município é constituído de 3 distritos: Araçatuba, Diábase e Rinópolis.
Pelo decreto estadual nº 9775, de 30-11-1938, o município sofreu a seguintes modificações: Araçatuba adquiriu do município de Monte Aprazível o distrito de Major Prado. O distrito de Diabase foi transferido com a denominação de Alto Pimenta, do município de Araçatuba, para o de Valparaíso. O de Rinópolis foi transferido do município de Araçatuba para o novo município de Tupã.
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 2 distritos: Araçatuba e Major Prado. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1960. Pela lei estadual nº 8092, de 28-02-1964, o distrito de Major Prado passou a denominar-se Santo Antônio do Aracanguá.
Em divisão territorial datada de 31-XII-1968, o município é constituído de 2 distritos: Araçatuba e Santo Antônio do Aracanguá (ex-Major Prado). Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1988. Pela lei estadual nº 7644, de 30- 12-1991, desmembra do município de Araçatuba o distrito de Santo Antônio de Aracanguá. Elevado à categoria de município.
Em divisão territorial datada de 1997, o município é constituído do distrito sede. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2009.
Habitantes nativos
Os indígenas foram os primeiros habitantes e donos da terra. A tribo Caingangue juntamente com a tribo dos Coroados estavam instaladas na região limitada pelos rios Tietê, Paraná e Paranapanema. Araçatuba era povoada pelos temidos caingangues (cain=ser; ing=viril e ang=superior a outros). Utilizavam como armas o tacape, que exigia força física e habilidade, além de arcos e flechas com ponta de ossos de macaco. Faziam utensílios domésticos com barro; colheres, pratos e copos confeccionados com a cabaça.
Com sons produzidos pelas suas bocas e atabaques tomavam a bebida denominada goiofá, alcoólica provinda do milho, podiam ser encontrados dormindo pela exaustão e embriaguez depois de uma noite inteira de atividades.
Seu corpo era troncudo e forte. Possuíam pele cor de cobre e brilhante, cabelos lisos e negros. Mulheres usavam franja. Tinham o costume de banhar-se. De hábitos nômades, viviam nus, as mulheres às vezes usavam tanga.
Estrategistas sabiam armar tocaias, atacando muitas vezes o homem branco. Os fazendeiros e agrimensores muitas vezes contratavam os chamados bugreiros, homens que matavam indígenas. Na época da construção da ferrovia calcula-se a existência de 1,5 mil índios na região. Quando chegou a barranca do Rio Paraná existiam cerca de 200.
A ferrovia Noroeste Brasil
A Estrada de Ferro Noroeste do Brasil é o ponto chave da formação de Araçatuba. Foi a execução da política que visava a interiorização e ligação com outros países da América do Sul pela necessidade econômica de busca de recursos tanto humanos (para agricultura) como naturais (ouro, pedras preciosas).
Iniciou-se a partir de Bauru - Itapura. Os primeiros 100 km saindo de Bauru, iniciados em 1905, foram realizados pela empresa Machado de Melo. Foi uma área mais fácil de ser executada pois haviam menos indígenas e melhor penetração. No entanto, o trabalho era braçal e demorado, pois não existiam máquinas para realizar os serviços de topografia necessários, apenas ferramentas rudimentares. Em 1914, o trecho foi unido com a Itapura-Corumbá, formando a Noroeste do Brasil.
A parte do leito da ferrovia seria então cuidada pelas chamadas turmas de conserva, com a construção de moradias para os trabalhadores e o feitor. Denominadas de turma 1, turma 2 assim sucessivamente de 8 em 8 km. Toda noite um funcionário era escalado para verificar as condições dos trilhos, se não existiam emboscadas feitas pelos caingangues, pregos soltos.
Origens e pioneirismo
Primeira estação de Araçatuba, localizada em algum ponto do bairro São Joaquim no final de 1908.
Até 1908 a região de Araçatuba era ocupada pela mata virgem. Não se pode afirmar que Araçatuba, assim como grande parte das cidades de sua região, teve um fundador. Aquele pequeno grupo da NOB não tinha por objetivo fundar uma cidade.
Em 2 de dezembro de 1908, os trilhos chegaram ao km 280 da ferrovia. O Governo dizia que era proprietário de tais terras, e assim como tinha a característica de serem terras devolutas, quem detinha a posse dela era quem a conseguia por meios legais: doações do governo, poder político, entraves jurídicos, usucapião ou por uso de força.
Os habitantes iniciais eram poucas famílias, alguns índios e em sua maioria trabalhadores da ferrovia. Aos poucos foram chegando comerciantes, vendedores e mediadores de terra. A vida nesses primeiros anos era difícil: malária, leishmaniose cutânea, febre tifoide, hepatite, doença de chagas, pernilongos e barbeiro. Augusto Elisio de Castro Fonseca junto com Manoel Bento da Cruz foram dois grandes proprietários de terra na época das chegadas dos trilhos, mas não habitavam a cidade nesses tempos. Outro personagem importante foi Vicente Franco Ribeiro, este vivia em Araçatuba.
Ciclo italiano
A imigração italiana no Brasil teve como ápice o período entre 1880 e 1930. Os ítalo-brasileiros estão espalhados principalmente pelos estados do Sul e do Sudeste do Brasil.
Embora tenha sido a região Sul a pioneira na imigração italiana, foi a Região Sudeste aquela que recebeu a maioria dos imigrantes. Isto se deve ao processo de expansão das lavouras de café em São Paulo (e, em menor medida, também em Minas Gerais). Com o fim do tráfico negreiro e o sucesso da colonização italiana no Sul, os próprios donos das fazendas de café tratavam de atrair imigrantes italianos para as suas propriedades.
A partir da década de 1870, os proprietários de terras pagavam a viagem e o imigrante tinha que trabalhar nas fazendas com um contrato de cinco anos, devolvendo o valor da passagem paga. A partir de 1881, o governo paulista, controlado politicamente pelos fazendeiros, passa a incentivar a imigração italiana com destino aos cafezais, subsidiando 50% das despesas da viagem, mantendo-se o contrato de cinco anos e o ressarcimento.
O estado de São Paulo absorveu a maioria dos imigrantes italianos que vieram para o Brasil. Este estado foi o destino de 44% da imigração italiana para o Brasil entre os anos de 1820 e 1888, de 67% entre 1889 e 1919, com ênfase entre 1900 e 1909, quando atraiu 79%.
Imigração japonesa
O fluxo de Imigração japonesa no Brasil a partir de 1908 com a chegada do navio Kasato Maru, em Santos, foi uma experiência premeditada. O cenário demográfico japonês era de grande crescimento (ao qual o Governo do Japão não conseguia suprir gerando empregos), enquanto, no Brasil, necessitava-se de mão-de-obra (uma vez dada a Abolição da escravatura no Brasil, pressionada a ser efetivada pela Inglaterra por motivos comerciais, somado ao fato de a Itália proibir a imigração subsidiada dos seus para São Paulo). Foi selado um acordo imigratório entre os países, que caracteriza a imigração japonesa no Brasil.
A primeira parcela dessa população de imigrantes originava-se de regiões pobres do norte e sul do Japão – aproximadamente 3.000 designados a viver no oeste de São Paulo, uma vez que o Brasil vivia o auge cafeeiro e o estado concentrava prósperas fazendas.
Nos primeiros sete anos de imigração japonesa, chegaram ao Brasil 3.434 famílias, ou seja, quase 15 mil pessoas. Entre 1917 e 1940, foram mais 164 mil japoneses, dos quais 75% para São Paulo. A maior parte dos imigrantes chegou no decênio 1920-1930, mas o foco não era mais apenas as plantações de café. Eles também buscavam trabalho no cultivo de morango, chá e arroz.
Na região de Araçatuba, estabeleceram-se em 1915. Anze Molize, que fundou o bairro Água Limpa, chegou em Araçatuba em 1917 para plantar café. Com isso, outras famílias foram chegando. Dedicaram-se a outras atividades além da agricultura, como o comércio, política, religião, entre outras.
Em homenagem aos japoneses, existe um monumento instalado - um torii - numa rotatória da cidade.
A fundação
O patrimônio inicial foi projetado pelo engenheiro alemão Gustavo Stamp. De propriedade de Elísio Castro Fonseca, foi cortado em 1912 por Antenor Vasconcelos. A administração e derrubada foi executada por Vicente Ribeiro Franco.
No início, em Araçatuba, ergueram-se muitos hotéis e bares que serviam ao pessoal da ferrovia. Poucas construções existiam feitas de tijolo sem reboco ou madeira. Próxima ao triângulo de reversão na XV de Novembro existia o Hotel Noroeste e outro de tábuas pertencente a Pedro e Paulo Bim, entre outros tantos. Abrão Cury foi o primeiro comerciante.
A primeira capela foi erguida em 1915 concebida por dona Maria Pacheco. Os materiais foram fornecidos por Antônio Xavier Couto (madeira) e Paulo Biagi (tijolos) e diversas contribuições de populares que davam quanto podiam. Foi inaugurada por Frei Vital de Moema, de Penápolis, sendo seu padroeiro Santo Onofre. Gentil Coelho foi o dono da primeira botica e Salvador Cossia o dono da primeira padaria.
Em 1918 muitos cafezais foram destruídos pela ação climática onde a geada gerava prejuízos. O dinheiro que era contado da colheita e venda dos cafés não ocorreu.
Criação do município e instalação da Comarca
O ano de 1916 é marcado pelo início de Araçatuba querer tornar-se uma cidade em si pela legislação. Nesta altura, apesar de ter maior população e movimento de trens, ainda era pertencente à Comarca de Penápolis e ao Distrito de Birigui.
Então, em 1918:
Jornal O Araçatuba noticiando a primeira Câmara Municipal de Araçatuba
Cria o distrito de paz de Araçatuba, no município e comarca de Pennapolis.
O doutor Altino Arantes, Presidente do Estado de São Paulo. Faço saber que o Congresso Legislativo decretou e eu promulgo a lei seguinte. Artigo 1.º - Fica creado o districto de paz de Araçatuba, com séde na povoação do mesmo nome, do municipio e comarca de Pennapolis. Artigo 2.º - As suas divisas serão as seguintes: Começam na barra do ribeirão Baguassú, pelo qual seguem até a confluencia do corrego Agua Branca, por este até a barra do Barro Preto e por este até a Estrada de Ferro Noroeste ; dahi, em linha recta, até a barra do Tupy com o ribeirão Baguassu; por este até a barra do corrego Elysio e por este até á sua cachoeira ; dahi, com o rumo sul, 30 gráos Oeste, atravessando o espigão e rio Feio, até ao espigão com o rio do Peixe, cujo espigão seguem até ao rio Paraná, por este acima até a confluência do rio Tieté, e por este até a barra do Baguassú, onde tiveram começo.
Artigo 3.º - Revogam-se as disposições em contrario. O Secretario de Estado dos Negocios do Interior, assim a faça executar. Palacio do Governo do Estado de S. Paulo, aos vinte de Dezembro de 1917. Altino Arantes Oscar Rodrigues Alves.
Publicada na Secretaria de Estado dos Negocios do Interior, em 26 de Dezembro de 1917. - Tiburtino Mondim Pestana, director-gera /—Lei n° 1.580 de 20/12/1917