A Secretaria Municipal de Saúde de Araçatuba emitiu um alerta para que os profissionais das Unidades Básicas de Saúde (UBSs), Pronto-Socorro Municipal, hospitais e clínicas particulares reforcem a atenção na identificação, tratamento e notificação de casos suspeitos de intoxicação por metanol.
A medida foi tomada após a internação de uma jovem na Santa Casa de Araçatuba com suspeita de intoxicação, depois de ter ingerido bebida alcoólica com energético. Exames realizados apontaram sinais sugestivos de contato com substância química tóxica na paciente.
A orientação segue nota técnica elaborada pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. A intoxicação por metanol é grave, pode levar à cegueira permanente e até óbito. O metanol pode estar presente em bebidas alcoólicas adulteradas/clandestinas, além de produtos combustível e solventes.
CONDUTA CLÍNICA
A Vigilância Sanitária e Epidemiológica de Araçatuba destaca a importância de observar sinais e sintomas, que costumam aparecer entre 6 e 24 horas após a ingestão da bebida. A conduta clínica deve ser avaliar imediatamente o paciente e realizar exames laboratoriais e avaliação oftalmológica.
“Por se tratar de uma situação que pode representar risco à população, levando até a óbito, todo caso suspeito deve ser imediatamente atendido e notificado ao departamento de Vigilância Sanitária”, ressaltou a diretora do órgão, Priscila Cestaro.
SINTOMAS
O departamento orienta também a população que em casos de dores abdominais intensas, tontura e confusão mental, deve-se buscar atendimento médico imediato. O socorro em até 6h após o início dos sintomas é fundamental para evitar o agravamento.
Outros sintomas de intoxicação por metanol são: sonolência, náuseas, taquicardia, visão turva, fotofobia, convulsões e acidose metabólica. Nos casos mais graves, pode haver cegueira irreversível, choque, pancreatite, insuficiência renal e comprometimento neurológico.
RECOMENDAÇÃO
A recomendação do Estado é que bares, empresas e demais estabelecimentos redobrem a atenção quanto à procedência dos produtos oferecidos, e que a população adquira apenas bebidas de fabricantes legalizados, com rótulo, lacre de segurança e selo fiscal, evitando opções de origem duvidosa.