A Secretaria Municipal de Saúde de Araçatuba promove atividades educativas visando reforçar a conscientização da população sobre a leishmaniose visceral. As ações integram a programação da Semana Estadual de Prevenção e Controle da Leishmaniose Visceral, que segue até sexta-feira (15).
Uma equipe da Unidade Básica de Saúde (UBS) Dona Amélia realizou, na segunda-feira (11), uma palestra para alunos da escola municipal Mariazinha Sanches de Oliveira Costa sobre os riscos e medidas preventivas contra a doença, que pode afetar tanto humanos quanto animais.
RODA DE CONVERSA
Nesta quarta-feira (13), agentes de combate às endemias participaram de uma roda de conversa sobre a importância da prevenção da leishmaniose, com a médica veterinária Andressa Xavier Frade Gomes. O encontro aconteceu no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ).
Também estão sendo repassadas orientações aos moradores durante as visitas domiciliares, ações de encoleiramento de cães nas áreas prioritárias da campanha Fora Leish e coletas de sangue, por livre demanda, para diagnóstico da leishmaniose canina na sede do CCZ, no Bairro Paraíso.
FÓRUM
Profissionais do CCZ e da Vigilância Sanitária participaram, nesta quarta-feira (13), do 5º Fórum de Leishmanioses do Estado de São Paulo. A programação incluiu palestra com o consultor do Grupo Técnico das Leishmanioses do Ministério da Saúde, Lucas Edel Donato, no formato on-line.
Entre os dias 14 e 16, haverá o 1º Simpósio Paulista de Leishmaniose – SPLeish, realizado pela Fundação de Apoio a Pesquisa, Ensino e Extensão (Funep), ligada à Unesp, com intuito de compartilhar novas pesquisas e descobertas sobre a doença, com especialistas convidados.
SOBRE A DOENÇA
A leishmaniose visceral é uma doença infecciosa sistêmica, transmitida ao homem pela picada do mosquito-palha infectado. Os principais sintomas são febre de longa duração, perda de peso, cansaço extremo, aumento do baço e do fígado e anemia.
Conforme a Unidade de Vigilância em Zoonoses (UVZ), de janeiro a julho deste ano duas pessoas foram diagnosticadas com a doença, sem mortes. Apesar de grave, a leishmaniose visceral tem tratamento para os humanos, sendo oferecido gratuitamente na rede municipal de saúde.
Já nos cachorros os sintomas são: emagrecimento progressivo, perda de apetite, queda de pelos (principalmente ao redor dos olhos e focinho), feridas na pele, crescimento das unhas, apatia e fraqueza. Até julho foram confirmados 192 cães com a doença.
PREVENÇÃO
A Secretaria de Saúde promove durante todo o ano ações de prevenção ao mosquito-palha com manejo ambiental, além de orientações à população sobre posse responsável e bem-estar animal, durante as visitas casa a casa realizadas pelos agentes de combate às endemias.
Para combater a transmissão da doença é necessário manter quintais sempre limpos, sem acúmulo de folhas, frutas e fezes de animais; armazenar adequadamente o lixo orgânico, a fim de impedir o desenvolvimento das larvas do mosquito; e usar coleiras repelentes nos cães.
“Além de evitar o acúmulo de matéria orgânica em decomposição nos quintais, os donos de pets precisam exercer a posse responsável, cuidando da saúde dos seus animais e não permitindo que fiquem soltos nas ruas”, afirmou o gerente de campo da UVZ, Guilherme Santos.