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Centro de Zoonoses inicia caça ao barbeiro

Publicado em 04 de Setembro de 2017 às 18:21 Centro de Zoonoses inicia caça ao barbeiro Uma equipe do Centro de Controle de Zoonoses da Prefeitura de Araçatuba iniciou, nesta segunda-feira (4), o trabalho de poda de palmeiras e remoção de ninhos de pássaros, especialmente de maritacas, em busca de eliminar criadouros do inseto conhecido como barbeiro, transmissor da Doença de Chagas.

 Célia Taiacol, coordenadora do Centro de Controle de Zoonoses da Prefeitura de Araçatuba, explica que todo ano, neste período, é realizada limpeza e poda das palmeiras. Trata-se de um período determinado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade, em que o procedimento é liberado, em respeito aos períodos de postura de ovos das maritacas durante o ano.

O procedimento é anual e dura um mês. O roteiro da equipe de zoonoses prevê a ação em todos os próprios públicos, incluindo praças e avenidas. São realizadas podas para retirada dos ninhos, para posterior retirada dos barbeiros e, em seguida, aplicação de inseticida nas folhas.

Célia descreve que os insetos são capturados e encaminhados à Sucen (Superintendência de Controle de Endemias), que faz contagem dos animais e análise de contaminação. As áreas particulares são de responsabilidade dos proprietários.

“Há muito anos não há registro de barbeiros contaminados em Araçatuba”. A constatação é de que o número de insetos encontrados neste ano já se apresenta muito menor que do ano passado. “No ano passado, a essa hora, já estaríamos com os saquinhos de amostras cheios. Isso mostra que nosso trabalho de remoção e aplicação de inseticida tem dado resultado”, avalia Taiacol.

O trabalho é realizado pelo CCZ, órgão da Secretaria Municipal de Saúde, em conjunto com a Secretaria do meio Ambiente e a Sucen.

A equipe tem 12 servidores, sendo quatro no trabalho de poda e limpeza, dois na busca de barbeiros nos ninhos recolhidos, dois na aplicação do inseticida e outros quatro em visitas de orientação nos arredores.

As orientações são para que os moradores, caso encontrem um exemplar do barbeiro,  levem ao CCZ, para que seja encaminhado a análise. Também é orientado que mantenham quintais limpos e residências livres de ninhos, para que se evite proliferação dos criadouros. “Os barbeiros se prendem às penas dos pássaros e assim são transportados para casas, prédios ou qualquer lugar onde as aves tenham feito ninhos. Basta que eles piquem um animal ou pessoa contaminada e assim tornam-se hospedeiros, podendo manter o protozoário Trypanosoma cruzi, causador da doença de Chagas, por toda a vida em seus intestinos e assim contaminar outras vítimas”, esclarece a coordenadora.

Em caso de constatação positiva de contaminação, o local onde foi encontrado o barbeiro será vistoriado pela Sucen, que também removerá os insetos e criadouros, bem como fará aplicação do inseticida.

 
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