Araçatuba está sendo a sede, nesta quinta-feira (13) e sexta-feira (14), da Oficina de Regionalização da Saúde promovida pelo Governo do Estado. As reuniões com representantes dos 42 municípios da região estão sendo realizadas no Unisalesiano.
A abertura do evento, realizada na manhã desta quinta-feira, foi marcada pela presença do secretário de Estado de Saúde, Eleuses Paiva; da vice-prefeita e secretária de Participação Cidadã de Araçatuba, Edna Flor, prefeitos e secretários de saúde de dezenas de municípios da região. Também estiveram presentes, entre outras autoridades, a secretária de Saúde de Araçatuba e vice-presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems), Carmem Silvia Guariente; o deputado estadual Itamar Borges e o diretor-geral do Unisalesiano Araçatuba, Padre Erondi Tamandaré.
O principal objetivo da oficina é realizar um diagnóstico do sistema público de saúde na região e desenvolver estratégias para otimizar os equipamentos e recursos de forma regionalizada. O programa tem como foco a redução das desigualdades visando aumentar a eficiência dos gastos públicos, ampliar a oferta de serviços, diminuir as filas de espera e encurtar as distâncias percorridas pela população para obter atendimento médico.
“Atualmente, os municípios destinam até 40% de seu orçamento para a saúde, mas a falta de integração entre as unidades tem impedido que as necessidades dos cidadãos sejam atendidas de maneira satisfatória”, destaca o secretário Eleuses Paiva.
Nesse contexto, explica ele, o programa de regionalização da saúde busca inovar ao criar um espaço de diálogo, entendimento e negociação entre as três esferas (municipal, estadual e federal) no âmbito regional. A proposta visa somar recursos e esforços em prol da saúde da população. Para isso, o Governo de São Paulo definiu que os ambulatórios médicos de especialidades e hospitais estaduais devem se adequar às necessidades regionais, concretizando, assim, o princípio da descentralização do sistema de saúde.
A vice-prefeita Edna Flor destacou que os gestores municipais têm a missão de trabalhar pela qualidade e manutenção da vida, o que torna as questões de saúde pública de extrema importância. A regionalização da saúde possibilita uma abordagem mais eficiente e equitativa, com o intuito de melhorar o atendimento à população e fortalecer o sistema de saúde como um todo.
EQUIPAMENTOS
Segundo o Estado, a regionalização possibilita a revisão do papel dos hospitais de pequeno porte, com até 50 leitos, para que contribuam de forma efetiva, garantindo à população acesso oportuno e de qualidade aos serviços de saúde. Nesse processo, os Departamentos Regionais de Saúde (DRSs) desempenham um papel estratégico na articulação regional com os municípios, visando à construção de uma rede de serviços.
O Programa de Regionalização da Saúde do Estado de São Paulo conta com a parceria do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Estado de São Paulo (Cosems-SP) e o apoio da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), com a qual foi assinada a Carta de Cooperação Mútua para qualificação e fortalecimento da gestão estadual do Sistema Único de Saúde (SUS) em São Paulo. A parceria tem como objetivo buscar formas de cooperação entre as instituições, a fim de estabelecer e dinamizar redes ou canais permanentes entre seus funcionários, visando à cooperação mútua.
Com a realização da Oficina de Regionalização da Saúde em Araçatuba, espera-se que surjam propostas e estratégias concretas para aprimorar o sistema público de saúde na região, promovendo uma maior integração entre os municípios e proporcionando um atendimento mais acessível e eficaz aos cidadãos.