A Prefeitura Municipal de Araçatuba
Ex-Prefeitos
Sylvio José Venturolli

Sylvio José Venturolli

De 1964 a 1968

O professor Sylvio José Venturolli nasceu em Corumbataí (SP) no dia 4 de fevereiro de 1930. Foi casado com a também professora Germínia Dolce Venturolli. Ambos, já falecidos, foram prefeitos de Araçatuba e sempre realizavam reuniões políticas na Chácara Morada do Sol, onde residiam. Tiveram quatro filhos.

 

MAGISTÉRIO
Sylvio Venturolli fez os primeiros estudos no Colégio Santo Antônio, em Limeira (SP), transferindo-se depois para Rio Claro (SP), onde frequentou o Instituto de Educação Joaquim Ribeiro e a Escola Técnica de Comércio Professor Artur Bilac.

 

Em 1950, Sylvio Venturolli tornou-se professor do Instituto de Educação Manuel Bento da Cruz, onde exerceria o cargo de diretor em 1963. No ano seguinte formou-se em matemática pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de Campinas (SP).

 

Professor de matemática e de estatística na Escola Técnica de Comércio Dom Pedro 2º, fez um curso de extensão universitária na Fundação Getúlio Vargas (FGV), no Rio de Janeiro, em 1953.

 

Aposentou-se após 36 anos de dedicação ao IE Manuel Bento da Cruz.

 

POLÍTICA

Sylvio Venturolli foi eleito vice no primeiro mandato do prefeito João Batista Botelho, o Cuiabano, que ocorreu entre 1º de janeiro de 1960 a 31 de dezembro de 1963. Naquela época, as candidaturas não eram vinculadas e a população votava separadamente em prefeito e vice.

 

Como Cuiabano afastou-se do cargo para concorrer a deputado estadual, Venturolli assumiu o Executivo por cerca de 40 dias, em 1963. Por isso, usou o slogan "40 dias em 4 anos".

 

No período que administrou Araçatuba, entre 3 de setembro e 10 de outubro, um dos destaques foi a construção da Praça da Independência, localizada entre as ruas Marcílio Dias, Santo Antônio Maria Claret, Paraíso e Savério Safioti.

 

PREFEITO

Na campanha para prefeito, no mesmo ano, Sylvio Venturolli criou o slogan "Araçatuba, sentinela avançada do progresso paulista". E conseguiu se eleger, administrando o município entre 1º de janeiro de 1964 e 31 de dezembro de 1968.

 

Durante sua gestão, a educação e a saúde foram prioridades, além de várias obras importantes, como a nova rodoviária, o Ginásio de Esportes Dr. Plácido Rocha e a Avenida Brasília. Criou o Departamento de Água e Esgoto de Araçatuba (Daea), que teve como primeiro presidente o engenheiro sanitarista Orlando Salibe, então professor da Unesp.

 

Venturolli também foi responsável pela implementação do Jardim da Amizade, uma homenagem à Coligação da Amizade, seu grupo político, para construção de moradias para os funcionários da Prefeitura de Araçatuba.

 

Sylvio Venturolli foi presidente da Associação Esportiva Araçatuba (AEA), levando o time araçatubense à primeira divisão do Campeonato Paulista.

 

Fundou o Museu Histórico e Pedagógico Marechal Cândido Rondon no mesmo imóvel que um dia foi utilizado como casa do engenheiro-chefe da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil (NOB).

 

RODOVIÁRIA E PAÇO MUNICIPAL
A antiga rodoviária de Araçatuba ficava em uma área no centro da cidade, com entrada pela Rua 15 de Novembro e saída pela Rua Tupi. Com o tempo, passou a não comportar mais a quantidade de ônibus de passageiros que recebia diariamente, obrigando muitos dos veículos a estacionarem na rua.

 

Para resolver o problema, o prefeito Sylvio José Venturolli decidiu construir uma nova rodoviária. O local escolhido foi um terreno na Vila São Paulo, entre as ruas Coelho Neto, Silva Jardim e Liberdade, que fica ao lado da Avenida Brasília, facilitando a chegada de ônibus que vinham pela Rodovia Marechal Rondon. 

 

A obra foi iniciada ainda em seu mandato. O projeto previa uma rodoviária com arquitetura diferenciada e moderna, marcada por grandes arcos de concreto. Na parte inferior do imóvel, de frente para a Rua Liberdade, circulariam ônibus e passageiros. Na parte superior, com entrada pela Rua Coelho Neto, seriam instalados estabelecimentos comerciais, numa espécie de minishopping.

 

Com o fim do mandato de Venturolli, em 1968, não houve tempo de concluir a obra. O prefeito João Batista Botelho, o Cuiabano, e o interventor Alfredo Yarid Filho, que foram seus sucessores, não deram sequência à construção. 

 

Quando o prefeito Waldir Felizola de Moraes assumiu, em 1973, foi procurado pelo então presidente da Câmara, Hirome Hara, sugerindo que o Legislativo ocupasse o prédio da Praça Nove de Julho, que havia sido reformado por Venturolli, e a Prefeitura mudasse para outro lugar, mais amplo. Naquela época, a Casa de Leis estava instalada no Edifício Arbex, na Praça Rui Barbosa. 

 

Felizola, então, teve a ideia de concluir a obra iniciada por Venturolli e instalar o Paço Municipal na área superior do novo prédio da rodoviária, porque não havia demanda suficiente na época para a quantidade de lojas que era prevista. 

 

A mudança aconteceu em 15 de dezembro de 1973, sendo lembrada com uma placa instalada no corredor de entrada da Prefeitura. Como a ideia de instalação de lojas não prosperou, Felizola e outros prefeitos foram aproveitando o espaço, fazendo divisórias para novas salas, abrigando secretarias e departamentos. Desde então, Prefeitura e rodoviária ocupam o mesmo prédio. 

 

A Câmara, por sua vez, passou a funcionar na Praça Nove de Julho. Já a antiga rodoviária virou um espaço para comerciantes, com acesso pela Rua 15 de Novembro. A saída para a Rua Tupi foi fechada.

 

DEPUTADO FEDERAL

Em novembro de 1970, Sylvio Venturolli elegeu-se deputado federal por São Paulo, na legenda da Aliança Renovadora Nacional (Arena), partido de apoio ao regime militar, instaurado no País em abril de 1964. Assumiu a cadeira em fevereiro de 1971.

 

Venturolli licenciou-se por pouco tempo, voltando a exercer o mandato entre abril e dezembro de 1971, e de maio do ano seguinte até o final da legislatura. Nesse período, participou das comissões de Segurança Na­cional e de Desenvolvimento da Região Sul e, como suplente, da Comissão de Saúde.

 

Reeleito em novembro de 1974, ainda na Arena, continuou participando da Comissão de Segurança Nacional e foi suplente da Comissão de Educação e Cultura. Novamente candidato à reeleição, em novembro de 1978, ficou entre os suplentes, deixando a Câmara em fevereiro de 1979.

 

Sylvio Venturolli foi diretor Regional de Ensino de Araçatuba, de 1979 a 1982.

 

No pleito de novembro de 1982, candidatou-se à Prefeitura de Araçatuba, mas não obteve sucesso.

 

GERMÍNIA

Em 1988, encabeçou a campanha vitoriosa da esposa, Germínia Dolce Venturolli, à Prefeitura de Araçatuba. De 1989 a 1992, Sylvio Venturolli foi secretário de Assuntos Gerais, coordenando toda a atividade política da Prefeitura.

 

Retornou, em 1996, para ajudar na reeleição de Germínia. Em fevereiro de 1997, assumiu a chefia de gabinete da Prefeitura.

 

Em 2000, após o fim do segundo mandato, o casal deixou a vida pública.

 

FALECIMENTO

Sylvio Venturolli faleceu no dia 29 de março de 2009, aos 79 anos, vítima de insuficiência respiratória, após lutar por sete anos contra um câncer de pulmão. Germínia, por sua vez, morreu no dia 25 de outubro de 2024, aos 93 anos, de causas naturais.

 

HOMENAGEM

Em 2024, o ex-prefeito Sylvio José Venturolli foi homenageado com o nome de um bairro, localizado no final da Via Etelvino Pereira dos Santos, às margens da Rodovia Elyeser Montenegro Magalhães.

(18) 3607-6500
Rua Coelho Neto, 73, Vila São Paulo, Araçatuba - SP, CEP: 16015-920
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